quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Prof. Valdir Scarsi, o Leivinha

              As pessoas vivem anos de suas vidas preocupadas com suas atividades, sua correria diária e algumas delas, além disso se preocupam com a coletividade e procuram ainda deixar sua contribuição para a melhoria da qualidade de vida de outras pessoas.

              Após a despedida do Prof.Valdir Scarsi, o Leivinha, começamos a refletir qual o significado de uma vida plena e produtiva, pois quase sempre não existe unanimidade nessa questão, talvez por ser o preço pelo envolvimento individual com a coletividade.
             O Prof.Valdir Scarsi nasceu na cidade de Santa Helena, no Estado do Paraná, veio menino, com seus pais, Senhor Luiz, já falecido e sua mãe, senhora Aurora, para estudar e trabalhar em Passo Fundo.
             Seus primeiros anos de estudo foram no Colégio Conceição quando começou a procurar emprego se dirigindo a Empresa Grazziotin e quando questionado pelo dono da empresa, Senhor Tranqüilo, do que sabia fazer só soube dizer que sabia jogar futebol.

No Futebol:

             Encaminhado pelo Senhor Tranqüilo Grazziotin ao Clube de futebol 14 de julho, iniciou então sua caminhada de jogador de futebol, sendo levado, em seguida, para os juvenis do Grêmio. Após um ano foi contatado pelo Sport Club Gaúcho, o que possibilitou que  pagasse seus estudos com o salário do Clube. A partir de 1970 consagrou-se no Gaúcho ali ficando por cinco anos.
             Na sua posição de ponteiro com agilidade e velocidade formou ataques primorosos, com os colegas Luiz Freire, Bebeto e Serginho, sendo destaque também no time universitário quando cursava Educação Física na Universidade de Passo Fundo.
             Deixou o Gaúcho e foi contratado pelo Caxias para o campeonato Brasileiro. Mais tarde leivinha jogou pelo São Luiz de Ijuí, Guarany de Bagé, Internacional de Santa Maria e encerrou a carreira no Cascavel do Paraná.
             Seu apelido “Leivinha” veio das mesmas características de outro jogador de futebol, que jogava na mesma posição que ele no Palmeiras de São Paulo.
             Casado com a senhora Rosemari, filha de Aristotes e Odete Canabarro, no dia 29 de julho de 1981, tiveram uma única filha Joana esposa do veterinário Álvaro Tissot. Os seus netos Leonardo e Sabrina  sempre receberam o carinho e atenção de seu dedicado avô.

A Sinuca:

             Assim como várias pessoas gostava de um carteado e de sinuca fazendo desta uma de suas preferidas atividades, a qual dominava como ninguém. Tanto se dedicou a essa prática que acabou fundando e presidindo a Associação Passo-fundense de Sinuca, onde por várias vezes se destacou como esportista pela conquista de títulos citadinos e estaduais e que hoje possui um numero expressivo de associados e simpatizantes, sendo referência também na região.

O magistério:

             Ingressou na Prefeitura Municipal de Passo Fundo no dia 24 de maio de 1985 e foi nomeado, mais tarde, como professor efetivo de educação física no dia quatro de agosto de 1986. Dedicado a prática esportiva como educador pode desempenhar suas funções e contribuir para que os jovens percebessem a importância do esporte para uma vida mais saudável.

O Sindicalista:

             Procurava estar à frente das questões que diziam respeito ao magistério e ao funcionalismo municipal, estudioso de vários temas dominou também o conhecimento necessário para se tornar um líder entre seus pares.
Envolvido constantemente na busca de direitos e outras reivindicações presidiu e participou de muitas entidades municipais:

  • CENTRO DE PROFESSORES -  No período de maio de 1990 a maio de 1996 conseguiu obter várias conquistas para ao professores da rede como: Eleições diretas para direção das escolas; um novo plano de carreira; bônus gratuito; a unidocência; conquista de 39.000 m2 de área de lazer no Bairro Valinhos e auxílio de 50% para cursos de formação e extensão na UPF. Todas conquistas adquiridas através de muito diálogo e argumentação junto ao Executivo Municipal. No período de 2007 até 2011 não conseguiu avançar embora tenha, junto com os demais membros do colegiado, buscar mudanças que valorizassem os professores municipais sem lograr êxito. Porém, não é por isso que vamos deixar de lutar pelo que o nosso colega tinha como objetivo: reconquistar o que nos foi tirado e conquistar justiça e respeito com a classe do magistério.

  • SIMPASSO – Presidiu e liderou por 12 anos, conquistando reivindicações para o funcionalismo público através do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, pelo qual tinha uma admiração especial e o amor de “pai para com um filho”. Tudo fez para o crescimento da entidade, como a ampliação do número de associados, o aumento do valor do quebra galho, e fazendo com que o sindicato fosse a 1° instituição a criar o empréstimo consignado pela Caixa Econômica Federal, na qual o nome do Sindicato e seu Presidente abriam portas para o funcionalismo municipal.              Também conquistou o espaço da sede campestre e construiu, com o apoio de todos, o Salão de Eventos para até mil pessoas. Criou a assistência médica e odontológica para funcionários de quadro e celetistas, construiu o Simpasso II e o organizou para facilitar o contato com os funcionários que lá exercem suas funções.                                                                                                                        .              Leivinha amigo, alegre e desprendido, sempre olhando para os associados organizava festas como: a do dia do trabalho, dia do funcionalismo e a grande festa de natal, também criada por ele, para as famílias dos funcionário, pois se preocupava com o alicerce da sociedade, a família. Sempre se referia a família dos funcionários como a força do trabalhador municipal. Suas palavras: “Se a família vai bem, tudo caminha bem!” é assim que vemos nosso amigo que partiu, “o amigo certo das horas incertas”.

  • CAPASEMU – Foi também presidente da Capasemu quando por uma gestão tentou assegurar um tratamento digno e de qualidade na área da saúde aos servidores municipais. Antes de presidente, trabalhou na reformulação da Capasemu. Quando presidente da entidade, começou as modificações como a redução da coparticipação, a simplificação para exames laboratoriais, ampliação da clinica odontológica, contrato com anestesistas, ampliação do número de médicos para melhor atender o associado. Leiva dava a impressão de já ter vivido diversas vidas, pois sabia colocar-se no lugar de cada um que o procurava se não podia atender pela entidade, sempre tinha um caminho a indicar e nos ouvidos, a atenção e respeito para dar uma palavra de força que nos ajudasse a encarar o que viesse pela frente.

  • IPPASSO – Foi um dos articuladores e o protagonista, quando presidia o Simpasso, da criação do Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais, hoje, autarquia modelo no município e que significa a tranqüilidade do funcionalismo no que se refere a aposentadoria. Se não fosse a luta do sindicato - na época presidido pelo Leiva – hoje estaríamos jogados no INSS, mas Leiva, com seu modo de articular e com a credibilidade que tinha com o executivo, conseguiu fazer com que os governantes, o sindicato e o funcionalismo fizessem um arranjo uníssono e harmônico para que os funcionários ao se aposentarem pudessem realmente descansar.
  
             Paciente de um transplante de fígado, resistiu por quase dois anos, sendo um dos poucos remanescentes do time do Gaúcho, pois os companheiros, vitimas do mesmo mal já haviam partido.
             Durante os últimos dois anos, lutou ativamente mostrando ser um autêntico líder com verdades, entusiasmo e honestidade, conquistando com isso respeito e reconhecimento.  
             Assim foi a vida de Valdir Scarsi, o Leivinha, cultivou amigos sinceros e no desempenho de suas atividades, como todo mundo, deixou de agradar alguns, mas soube como poucos contribuir nos diversos setores que participou e contabilizou conquistas que, hoje, são fundamentais para os que aqui ficaram.
             Mais do que um entusiasta, sonhava unir todas as entidades em um só espaço para melhor atender os servidores públicos, conseguiu pelo menos na sua despedida, no dia 03 de novembro, reunir inúmeras pessoas e pensamentos para um último adeus.
             Seus amigos tem certeza de que viveu plenamente pois soube transmitir àqueles que o cercavam um exemplo de desprendimento e de como vencer a individualidade em  prol da coletividade.

Direção Colegiada
2010/2012

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Assembléia ratifica posição das Escolas Municipais

            A Assembléia convocada pelo Simpasso na tarde de terça (29) lotou o plenário da Câmara de Vereadores, contando com a presença de funcionários e professores municipais.

Assembléia do dia 29 lotou o
plenário da Câmara de Vereadores
Como era de se esperar, a votação foi positiva, dentro daquelas propostas levantadas em reunião ocorrida no dia 24 de novembro no Centro de Professores, quando os educadores tiveram a oportunidade de sugerir e principalmente trazer de suas escolas uma posição quanto à paralisação.

Foi feita uma explanação pelo presidente do Sindicato expondo as dificuldades encontradas para negociação das velhas reivindicações o que nos parece demonstrar uma falta de interesse político do Executivo municipal.

O Centro Municipal de Professores vem tentando colaborar com o andamento das negociações, inclusive trabalhando lado a lado com o Sindicato, para que as reivindicações dos professores da rede sejam atendidas, mas não temos recebido a devida atenção.

Os professores municipais tem uma característica especial, pois para o seu labor interferem várias situações que vão desde questões ligadas a psicologia, o envolvimento direto com a comunidade escolar, as dificuldades para deslocamento entre escolas – pois a maioria trabalha em mais de uma escola durante o dia entre outras premissas que tornam a vida do educador uma constante dinâmica.

Lamentamos profundamente que o discurso da classe política e dos gestores seja o de valorização da educação e seus agentes, pois como temos visto ao longo dos anos, esta é simplesmente uma oratória repetitiva e ineficiente.

Mais uma vez os professores municipais demonstram seu compromisso maior com o processo educativo, seus alunos e familiares, ao optarem pela não paralisação nesse momento. Registram seu reconhecimento e apoio as reivindicações dos professores do Estado, mas acreditam que as realidades são um pouco diferentes, por isso optaram pela manifestação no início do ano letivo de 2012.

A indiferença do Executivo municipal, quanto às questões do magistério, nos direcionam a uma posição mais extrema, mesmo sabendo que esta irá interferir grandemente nas atividades de todos. Precisamos demonstrar através de atos públicos e paralisações o quanto precisamos ser ouvidos e que nossas necessidades, tanto nas questões funcionais, quanto nas de infra-estrutura e logística precisam ser consideradas, por sermos uma categoria diferenciada dos demais servidores municipais.

É triste verificar que, para assegurar a dignidade de nossa profissão, precisemos renunciar a nossa prática, mesmo que por tempo limitado, pois a educação de qualidade que muitas vezes foi usada como bandeira de nossos gestores se dá a custa das dificuldades dos educadores.

Nos últimos 30 anos, o Centro Municipal de Professores conseguiu vários avanços para o magistério, entre eles estão o novo plano de carreira, o bônus gratuito, a unidocência e o auxílio de 50 % para cursos de formação e extensão na UPF. Isso através do dinamismo de seus membros, muito diálogo e boa vontade dos governantes da época.

Lembremos, agora, algumas das solicitações encaminhadas há quase dois anos, ao Executivo municipal que sequer foram pauta de uma discussão mais consistente: Auxílio transporte em pecúnia a exemplo dos servidores do governo do Estado; progressão dos professores que se encontram há vários anos na letra “G”, bem como uniformização do interstício entre as letras que difere de 2 para 3 anos; validação dos cursos de pós – graduação na área de educação ao invés de na área de atuação como é hoje exigido; entre outras reivindicações sugeridas para que, de fato, houvesse um olhar especial à classe.

Registramos, também, a falta de sensibilidade dessa administração para com um grupo de professoras aposentadas (cursos técnicos) que estão prejudicadas desde o dia 1° de janeiro de 2009 por não receberem o percentual de 20% sobre seus padrões, quando todos os demais - ativos e inativos tem esse direito assegurado.

Esse é o tipo de valorização que os trabalhadores da educação terão quando se aposentarem daqui alguns anos!

Por essas e outras que o Centro Municipal de Professores sempre lutou pelo magistério municipal, embora seu brado, por vezes ignorado, continuará na busca de melhores condições de vida para os educadores municipais e por uma educação cada vez melhor.

Precisamos estar conscientes de nossa importância na sociedade, do valor que temos e da necessidade de estarmos juntos na luta pela valorização da educação e da categoria, fiquemos firmes, pois como dizia Mario Quintana “eles passarão e eu passarinho!”.

DIGA SIM AO ENSINO PÚBLICO DE QUALIDADE E A PROFISSÃO QUE FAZ DO HOMEM UM SUJEITO!

DIGA SIM! SOU PROFESSOR!

                                                                                              Prof. Rangel C. Rodrigues
                                                                                            Secretaria de comunicação