segunda-feira, 19 de março de 2012

O Valor do Magistério

       A paralisação nacional nos dias 14, 15 e 16 de março, marcada pela indignação dos professores com relação à falta de valorização, cumprimento de promessas de campanha e principalmente legislação aprovada nos faz refletir sobre a importância da categoria.

       O Centro Municipal dos Professores, entidade representativa, não poderia deixar de se manifestar nesse importante momento em que os professores desse Brasil de contrastes, são negligenciados na sua prática pedagógica, pois tem que se submeter às burocracias, a falta de material, a infraestrutura inadequada, a falta de interesse daqueles que deveriam buscar o conhecimento e do devido apoio das famílias, bem como na sua valorização profissional.

       Como explicar que o piso nacional instituído em 2008 nunca foi cumprido aqui no nosso Rio Grande, ou seja, entra governo e sai governo e a valorização do magistério fica só na promessa.

       Hoje, o piso nacional do magistério, para 40 horas, está estipulado em R$ 1.451,00, um reajuste de 22,22%, com base na variação do valor anual mínimo por aluno do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação).

       A aplicação obrigatória aos Estados e Municípios está em conformidade com a Lei 11.738/08 e foi questionada pelos governos estaduais, mas confirmada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) ano passado.

       Sabemos também que cabe aos entes que não puderem arcar com as despesas do pagamento, cumprimento da Lei, podem buscar junto ao Governo Federal recursos para complementar esse pagamento e assegurar com isso que o magistério receba o Piso nacional. Porém, sabe-se que desde a sua implantação não houve pedido e comprovação dessa necessidade por parte do Governo do Estado, pois nunca houve pagamento do piso determinado pelo Governo Federal.

       Como os professores estaduais poderão receber o piso nacional se o  Governo do Estado diz não ter recursos? Mas ao mesmo através de Projetos de Lei concede vantagens a certas categorias de funcionários, cria privilégios e despesas como no caso do PL 449/11, que criou 15 novos cargos na FDRH, com salário de até RS 6.349,00, gerando despesas de RS 1.406.174.24 ou PL 02/2012, que institui gratificação natalina aos Secretários de Estado. Despesa de aproximadamente RS 280.000,00, por ano e cabe lembrar que nos últimos quatro anos foi aumentado o número de Secretarias em 40%. Assim fica difícil pagar mesmo o piso nacional.

       A educação é um agente catalisador e através dela seus profissionais formam e transformam pessoas em cidadãos, realizar este processo de forma definitiva e eficiente requer muito mais que propostas e doutrinas, requerem o envolvimento pessoal de seres humanos numa interação que geram resultados, mas também geram conflitos.

       Nenhuma outra categoria se assemelha, levam de quatro há mais anos para se qualificarem como educadores e passam suas vidas entre cursos, seminários, palestras, encontros, isso quando não estão em sala de aula. Além disso, os professores têm o diferencial na sua atuação que é a observação de seu aluno como um sujeito de sucesso e procura assegurar que isso se concretize.

       Cabe lembrar, também, que os momentos de paralisação do magistério são todos recuperados, pois se de um lado o governo deixa de cumprir com sua parte, de outro os professores o fazem, respeitando seus alunos com o mínimo de 200 dias letivos e 800 horas aula.

       Por tudo isso, nós do Centro gostaríamos de ver a educação levada a sério nesse País, que os professores tivessem autonomia para reprovarem aqueles que não tem de fato condições de progredirem, que houvesse condições físicas e psicológicas adequadas para a prática de sua profissão e que fossem realmente valorizados como profissionais qualificados.




                                                       Prof.Rangel C. Rodrigues
                                                       Secretaria Comunicação

sexta-feira, 16 de março de 2012

CMP em ação em dia de paralização

           A paralisação nacional nos dias 14, 15 e 16 de março, marcada pela indignação dos professores com relação à falta de valorização, 
cumprimento de promessas de campanha e principalmente legislação aprovada nos faz refletir sobre a importância da categoria.


           O Centro Municipal dos Professores, entidade representativa, não poderia deixar de se manifestar nesse importante momento em que os professores do Brasil, são negligenciados na sua prática pedagógica.




Leia mais na próxima edição do Jornal Diário da Manhã (17 e 18 de março).

sexta-feira, 9 de março de 2012

Novo serviço em abril

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quinta-feira, 8 de março de 2012