quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Assembléia ratifica posição das Escolas Municipais

            A Assembléia convocada pelo Simpasso na tarde de terça (29) lotou o plenário da Câmara de Vereadores, contando com a presença de funcionários e professores municipais.

Assembléia do dia 29 lotou o
plenário da Câmara de Vereadores
Como era de se esperar, a votação foi positiva, dentro daquelas propostas levantadas em reunião ocorrida no dia 24 de novembro no Centro de Professores, quando os educadores tiveram a oportunidade de sugerir e principalmente trazer de suas escolas uma posição quanto à paralisação.

Foi feita uma explanação pelo presidente do Sindicato expondo as dificuldades encontradas para negociação das velhas reivindicações o que nos parece demonstrar uma falta de interesse político do Executivo municipal.

O Centro Municipal de Professores vem tentando colaborar com o andamento das negociações, inclusive trabalhando lado a lado com o Sindicato, para que as reivindicações dos professores da rede sejam atendidas, mas não temos recebido a devida atenção.

Os professores municipais tem uma característica especial, pois para o seu labor interferem várias situações que vão desde questões ligadas a psicologia, o envolvimento direto com a comunidade escolar, as dificuldades para deslocamento entre escolas – pois a maioria trabalha em mais de uma escola durante o dia entre outras premissas que tornam a vida do educador uma constante dinâmica.

Lamentamos profundamente que o discurso da classe política e dos gestores seja o de valorização da educação e seus agentes, pois como temos visto ao longo dos anos, esta é simplesmente uma oratória repetitiva e ineficiente.

Mais uma vez os professores municipais demonstram seu compromisso maior com o processo educativo, seus alunos e familiares, ao optarem pela não paralisação nesse momento. Registram seu reconhecimento e apoio as reivindicações dos professores do Estado, mas acreditam que as realidades são um pouco diferentes, por isso optaram pela manifestação no início do ano letivo de 2012.

A indiferença do Executivo municipal, quanto às questões do magistério, nos direcionam a uma posição mais extrema, mesmo sabendo que esta irá interferir grandemente nas atividades de todos. Precisamos demonstrar através de atos públicos e paralisações o quanto precisamos ser ouvidos e que nossas necessidades, tanto nas questões funcionais, quanto nas de infra-estrutura e logística precisam ser consideradas, por sermos uma categoria diferenciada dos demais servidores municipais.

É triste verificar que, para assegurar a dignidade de nossa profissão, precisemos renunciar a nossa prática, mesmo que por tempo limitado, pois a educação de qualidade que muitas vezes foi usada como bandeira de nossos gestores se dá a custa das dificuldades dos educadores.

Nos últimos 30 anos, o Centro Municipal de Professores conseguiu vários avanços para o magistério, entre eles estão o novo plano de carreira, o bônus gratuito, a unidocência e o auxílio de 50 % para cursos de formação e extensão na UPF. Isso através do dinamismo de seus membros, muito diálogo e boa vontade dos governantes da época.

Lembremos, agora, algumas das solicitações encaminhadas há quase dois anos, ao Executivo municipal que sequer foram pauta de uma discussão mais consistente: Auxílio transporte em pecúnia a exemplo dos servidores do governo do Estado; progressão dos professores que se encontram há vários anos na letra “G”, bem como uniformização do interstício entre as letras que difere de 2 para 3 anos; validação dos cursos de pós – graduação na área de educação ao invés de na área de atuação como é hoje exigido; entre outras reivindicações sugeridas para que, de fato, houvesse um olhar especial à classe.

Registramos, também, a falta de sensibilidade dessa administração para com um grupo de professoras aposentadas (cursos técnicos) que estão prejudicadas desde o dia 1° de janeiro de 2009 por não receberem o percentual de 20% sobre seus padrões, quando todos os demais - ativos e inativos tem esse direito assegurado.

Esse é o tipo de valorização que os trabalhadores da educação terão quando se aposentarem daqui alguns anos!

Por essas e outras que o Centro Municipal de Professores sempre lutou pelo magistério municipal, embora seu brado, por vezes ignorado, continuará na busca de melhores condições de vida para os educadores municipais e por uma educação cada vez melhor.

Precisamos estar conscientes de nossa importância na sociedade, do valor que temos e da necessidade de estarmos juntos na luta pela valorização da educação e da categoria, fiquemos firmes, pois como dizia Mario Quintana “eles passarão e eu passarinho!”.

DIGA SIM AO ENSINO PÚBLICO DE QUALIDADE E A PROFISSÃO QUE FAZ DO HOMEM UM SUJEITO!

DIGA SIM! SOU PROFESSOR!

                                                                                              Prof. Rangel C. Rodrigues
                                                                                            Secretaria de comunicação

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